Otimismo e envelhecimento saudável
“whether you think you can or you think you can’t, you’re right.” Henry Ford
Se alguém disser que não vale a pena ser otimista em relação à vida, duvide. Já li em estudos que pessoas pessimistas são mais precavidas, mas isso é reducionismo barato. Pelo menos na área da saúde e do envelhecimento, otimismo faz bem. Dois dados interessantes me levaram a escrever esse post.
O primeiro, revelado no último censo brasileiro, é que existiam mais pessoas com 70 anos do que com 69, assim como existiam mais pessoas com 80 anos do que com 79. Curioso, pois nas demais unidades etárias, a cada ano que passava, existiam menos pessoas (em função do inevitável…).
Quais as explicações? Eu não sei todas, mas o otimismo de chegar aos 70 ou aos 80, a força de vontade que acompanha o otimismo, é uma delas. Em qualquer entrevista que se faça com pessoas acima de 65 anos uma coisa é frequente: chegar a determinados marcos na vida tem um significado importante. E 80 é uma idade linda. 90 idem. Eu mesmo quero chegar aos 100…
O segundo dado é que otimismo faz bem à saúde e aos hábitos das pessoas, acima ou abaixo de 60 anos. Segundo a OMS o otimismo, a presença de expectativas positivas em relação à vida, tem uma relação direta e indireta com a saúde geral das pessoas.
Otimismo faz parte de um conjunto de fatores pessoais que, junto com outros fatores econômicos, comportamentais, do ambiente físico, sociais e relacionados a serviços sociais e de saúde, constroem um envelhecer ativo e saudável.
Envelhecimento ativo é uma das palavras de ordem para quem estuda os fenômenos do envelhecimento e está na pauta de governo e sociedade de forma mais ampla. Envelhecer é bom, ninguém deveria temer, no mínimo pelo caráter inexorável da questão.
Benjamin Rosenthal