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Existe no mundo todo uma nova explosão populacional. Só que dessa vez não se trata da taxa de natalidade, mas sim do envelhecimento da população. A combinação da queda nos nascimentos com o aumento da longevidade tem resultado no aumento da proporção de pessoas mais velhas frente ao total.
É curioso que, de um modo geral, a sociedade não tem se dado conta disso. Para a grande maioria eles continuam invisíveis.
Embora passem relativamente despercebidos, os maduros estão por toda parte: nas ruas, shoppings, parques, restaurantes, cinemas, supermercados, praias, academias e nas redes sociais.
Um reflexo dessa invisibilidade está nos produtos não pensados para eles, nos serviços que ignoram suas particularidades e na falta de políticas públicas adequadas. O mundo está pouco preparado para eles.
Antes de apontar soluções é preciso compreender a complexidade desse público, que contempla uma diversidade de tipos, características e segmentos. Os maduros não são uma massa homogênea. Um homem de 60 anos pode tanto ser um avô precoce quanto um pai tardio, um solteiro, um aposentado, ou um profissional que também estuda. A terceira idade é apenas o que vem depois da segunda idade. A cultura ocidental confunde isso com o declínio.
Percebê-los é um primeiro passo. Compreender que carregam uma complexidade que vai além dos estereótipos é fundamental. Nosso desafio é entendê-los e ajudar as organizações a oferecer melhores produtos e serviços, que traduzam suas necessidades e contribuam para uma melhor inserção dos maduros na sociedade.