O Brasil está bem no Global Ageing Index, mas as melhorias serão conquistas lentas

Postado em 12 de dez de 2013

Uma das entidades mais respeitadas no estudo e propagação de conhecimento sobre o envelhecimento mundial e que trabalha para melhorar as condições de vida dessa parcela da população é a ONG AgeWatch.

Em 2013 foi elaborado o Índex de Envelhecimento Global, que visa medir por país as condições de vida em 4 grandes tópicos fundamentais ao bom envelhecimento (aquele em que existe qualidade de vida). Os quatro grandes tópicos são: segurança na renda, saúde, emprego e educação e ambiente propício. Em termos gerais o Brasil se coloca em 31o lugar, mas dentro das 4 categorias oscilamos bastante.

A categoria renda é formada pela suficiência (autonomia) de meios, provida pelo sistemas previdenciário e pela poupança individual e se manifesta em taxas relativas de pobreza na velhice, sendo também função do PIB per capta. A Suécia celebra esse ano seu centenário com um sistema universal de pensão e a Noruega possui o mesmo sistema desde 1937. O Brasil tem um bom sistema, o que o coloca em 12o lugar no mundo nesse quesito. Mas a sustentabilidade desse sistema nos atuais moldes não nos parece viável.

A categoria saúde está ligada à expectativa de vida (com saúde) e à sensação psicológica de bem estar. Os líderes nesse quesito são Suíça e Canadá. O Brasil fica em 41o lugar. Todos sabemos a razão.

A categoria emprego e educação é formada pela taxa de emprego de pessoas com mais de 60 anos e pelo nível de educação que essa população possui, um fator que influencia positivamente o primeiro. Essa categoria é liderada por Noruega e EUA. O Brasil fica em mero 68o lugar. Temos um enorme desafio nesses temas.

Por fim a categoria ambiente propício é formada pelo nível de conexões sociais, pela segurança física, pelas liberdades civis e pelo acesso a transporte de qualidade. Noruega e Áustria lideram o ranking e é interessante notar que mesmo países pobres e populosos como a Tailândia conseguem performar bem nesse quesito difícil. O Brasil encontra-se em 40o lugar nessa categoria. Políticas públicas e cidades amigas do idoso são uma das direções mais necessárias.

Veja mais sobre o assunto no ótimo site da Help Age.

Benjamin Rosenthal

Referencia:

http://www.helpage.org/global-agewatch/